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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Resumo sobre Eléctra.

Resumo retirado do site Infoescola.


A mitologia grega apresenta várias versões da história de Electra. Ela aparece como protagonista da peça de mesmo título, produzida por Sófocles, e em uma narrativa
alternativa de Eurípedes, além de ser motivo de uma imitação burlesca do dramaturgo Ésquilo. Basicamente, porém, ela é filha do rei Agamemnon e da rainha Clitemnestra.
Ansiosa por vingar a morte do pai, morto pela esposa e seu amante Egisto, a furiosa Electra leva seu irmão Orestes a matar a própria mãe. Pouco antes de deixar
o corpo, a rainha confessa que sempre amou a filha, mas não podia assumir seus sentimentos, pois tinha que protegê-la das intenções assassinas do amante.
A filha não se deixa convencer e a mata cruelmente. Futuramente ela desposará o melhor amigo de seu irmão, Pílades, filho mais velho do soberano Estrófio. Esta
é, resumidamente, a visão mais conhecida da história de Electra, que foi importada por Jung para a esfera da Psicanálise, passando a descrever, na expressão complexo

de Electra, o desejo que a filha nutre pelo próprio pai. Embora Freud prefira ainda o termo complexo de Édipo não só para os garotos, mas também para as garotas.
Eurípedes vê Electra como um símbolo do século V a.C, que anuncia a libertação da mentalidade grega dos vínculos com os mitos e as divindades, transportando a intervenção

no mundo e a capacidade de compreendê-lo para as mãos da nascente Filosofia. Neste sentido, o autor é profundamente inspirado pelas especulações filosóficas dos

pré-socráticos, particularmente dos sofistas.
Assim, na narrativa euripidiana, o Ar ocupa a antiga posição de Zeus, o Éter substitui Apolo, e a Razão domina o espaço anterior de Hera. Electra representa este

momento em que o Homem começa a ser movido não mais pelo poder dos deuses, mas pelas emoções que dominam o coração. E é justamente deste âmbito que partem as motivações

da filha de Agamemnon, a fúria e o desejo de revanche.
Nesta versão a rainha se une a Egisto, sobrinho de seu marido, porque não suporta a idéia de perder a filha Ifigênia, sacrificada a Ártemis por conta de uma atitude

desrespeitosa do rei, que se gabara de caçar uma corça reservada para a deusa da caça e da lua. Desesperada, ela trai Agamemnon e, cúmplice do amante, o mata, após

seu retorno da Guerra de Tróia.
Electra é preservada pela mãe, mas, depois de salvar o irmão, Orestes, deixando-o nas mãos de um antigo mestre, bem distante de Micenas, é tratada no castelo como

uma mera escrava. Amargurada pela morte do pai, ela espera o dia da vingança, que chega quando o filho do rei volta para a cidade natal.
Tomada pela fúria, a princesa conduz o irmão até o palácio, onde ele consuma a vendeta, assassinando a mãe e o amante. Logo depois, Orestes é dominado pelas Erínias,

entidades responsáveis pela punição dos homens. Mas Electra não o abandona e permanece junto a ele até sua absolvição pelo Areópago de Atenas. O rapaz vai então

para Táurida, com Pílades, à procura de uma imagem esculpida de Ártemis.
Para surpresa geral, Ifigênia é encontrada viva. Todos partem, assim, para Micenas. O desfecho da peça mostra os casamentos de Orestes e Hermíone, e de Electra

com Pílades, o amigo do irmão.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Electra
http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/250681
http://solfirmino.blogspot.com/2007/09/o-sacrifcio-de-ifignia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Erínias
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/electra/

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