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domingo, 3 de novembro de 2013

Resenha: capitães da areia de jorge amado.

Resenha: Capitães da areia O livro capitães da areia tem como objetivo principal mostrar a realidade de um povo, diante a um governo totalitário e agressivo. O livro tem como personagem principal os meninos de rua que mora dentro de um trapiche e que roubam para sobreviver e para se vingar por tanto desprezo em que pessoas de classe auta tem para com eles. O chefe dos capitães da areia é Pedro Bala, um menino que tem apenas 15 anos, cabelos loiros e uma cicatriz causada por tanta violência nas ruas. Professor, João Grande, Pirulito, Sem-Pernas, Gato, Boa-Vida e Volta Seca são os maiores companheiros de Pedro. Isso até a chegada de Dora e Zé Fuinha que chegam no trapiche na segunda parte do livro. Dora se torna a namorada de Pedro, e Os meninos do trapiche pela primeira vez encaram uma figura feminina entre eles. Dora foi como uma mãe para eles, uma fonte de carinho que nunca tiveram antes. Foi também irmã e amor para alguns, pois professor tinha uma paixão secreta por Dora. Nessa segunda parte vemos também a luta de dora para se tornar uma capitã da areia não apenas por está cuidando deles, mas também por ajuda-los a lutar pelos seus sustentos. Na terceira parte do livro vemos O destino de cada um dos amigos de Pedro Bala e dele próprio, e acredite, é impossível não se emocionar com Cada uma de suas histórias, e de como a atitude de cada um no passado reflete-se no seu futuro. A vida de roubos, o amadurecimento fora de hora, a vida de adulto em corpos de crianças, as aulas de Capoeira com Querido-de-Deus, os encontros com a mãe-de-santo Don'Aninha, a tentativa de catequização e amizade do Padre José Pedro: Tudo isso Jorge Amado nos mostra de uma maneira real, reflexiva e Muito emocionante. é impossível não se prender a história de cada um desses meninos do começo ao fim. Esse magnífico livro foi publicado em 1937, mas devido as críticas ao governo, O livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. A partir de 1944, quando uma nova edição é lançada, entra para a história da literatura brasileira assim como muitos outros livros do autor, e é adaptado para ser divulgado na mídia. Esse livro é classificado como um romance modernista pertencente a segunda fase do modernismo no Brasil "1930-1945", também conhecida como romance de 30 ou fase neorrealista cuja narrativa aparece fortemente vinculada às transformações políticas, sociais e econômicas do período. Com tudo, A abordagem romântica deve-se exclusivamente ao fato de o autor minimizar os delitos dos meninos justificando-os e acentuando os defeitos da sociedade em um todo. Jorge Amado traz a discussão o fato em que esses meninos não tiveram em sua vida uma família para acolhê-los, ou alguém para lhes dar a mão quando eles mais precisavam, nem alguém que lhes tratasse como crianças. Jorge Amado conseguiu realmente alcançar seu objetivo de mostrar a realidade ao leitor escondida por traz das aparências.

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